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Arte e psiquiatria é um tema que sempre despertou interesse, seja pelo caráter potencialmente libertador da criação artística, pelo caráter enigmático evocado por algumas patologias psiquiátricas ou mesmo pela representação artística da loucura.

Já em 1889, Charcot, em sua obra Les difformes et les malades dans l’Art busca recuperar a representação da histeria (traço iconográfico da histeria) presente em obras de arte desde o século V.

Perguntas como: “a loucura está associada à criatividade?”, “a arte pode ser curativa?”, “os tratamentos psiquiátricos poderiam inibir a criatividade?” sempre vêm à tona.

O tema tem inúmeros desdobramentos, mas observo, na prática clínica, que os pacientes com acesso a um dispositivo artístico conseguem melhor elaborar suas vivências e podem apresentar melhor evolução na recuperação de um quadro psiquiátrico.

É dessa perspectiva que nasce a inspiração da GAIA em investigar o entrelaçamento entre arte e psiquiatria.

Movidos por esta curiosidade, inauguramos em Abril de 2017 nossa primeira residência artística, cujo objetivo é abrigar artistas interessados em investigar o tema da arte e do psiquismo.

A artista desta edição de 2017 é uma bailarina que atravessou um ciclo de tratamento para um transtorno alimentar e criou um solo de dança intitulado AMBULATORIAL. A criação inspira-se no percurso da artista e no interesse em explorar sua vivência por uma outra perspectiva que não exclusivamente pelo viés de seu tratamento.

Amparada por um ambiente seguro, a artista pode atravessar o processo criativo de maneira saudável e fértil do ponto de vista artístico.

Teremos no final de Novembro a première deste trabalho (primeira apresentação exclusiva para profissionais das áreas) que está em constante evolução e investigação.

Como resultado preliminar, neste caso, pudemos observar que o processo criativo pode ressignificar vivências patológicas, reintegrar algumas noções de corpo, como imagem e espaço corporal e superar conflitos internos.

Fique por aqui para novas atualizações sobre o tema que nos é tão caro.

Álcool em pó: isso existe?

Recentemente aprovado para comercialização nos EUA, o Palcohol® é exatamente isso que você acabou de ler: álcool em pó.
O fabricante promete aplicação na área de aviação, manufatura de produtos e mesmo indústria de alimentos.
Porém, a disponibilidade iminente do Palcohol® está deixando profissionais da área da saúde de cabelo em pé.

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O uso medicinal do canabidiol foi recentemente liberado pela ANVISA, Agência Nacional de Vigilância Sanitária.
Um dos inúmeros compostos presentes na maconha, o canabidiol ou CBD, não apresenta efeitos psicoativos e se mostrou um tratamento eficaz para doenças neurológicas como a epilepsia.
O canabidiol não altera os sentidos, não apresenta propriedades alucinógenas e estudos recentes sugerem que também pode ser um tratamento eficaz para a esquizofrenia.

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Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo (TARE), um novo diagnóstico em psiquiatria?

Você talvez tenha ouvido falar da publicação do DSM-V, a nova edição do manual diagnóstico da Associação Psiquiátrica Americana.
Considerado por muitos a referência absoluta em psiquiatria, o guia não deixou de receber críticas do ponto de vista científico, por ampliar demasiadamente o número de diagnósticos psiquiátricos.
As críticas apontam que, ao acrescentar novas categorias diagnósticas, o manual poderia estar “criando” novas doenças ou “patologizando” vivências cotidianas, medicalizando situações corriqueiras e levando, consequentemente, ao consumo desnecessário de medicações psiquiátricas.

Um dos novos diagnósticos acrescentados, dentro do capítulo de transtornos alimentares é o TARE – Transtorno Alimentar Restritivo Evitativo ou ARFID (do inglês) – Avoidant/Restrictive Food Intake Disorder.

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